O estudo de hoje falaremos um pouco sobre os parasitas, um assunto
bem interessante, não acham?
Dividiremos o estudo em partes. Esse será o 01
Apesar de estarmos no século XXI, ainda hoje temos uma grande quantidade de casos de doença causada por parasitas. Por esse motivo iramos discutir de modo geral os aspectos de algumas doenças parasitarias. Espero que gostem!
A vida é uma cadeia ativa e dinâmica entre todas as espécies
buscando a permanência e a manutenção de cada uma delas. Para entendermos isso
devemos ficar longe da ideia de sermos espécie mais evoluída, superiores ou
centro do universo. É na relação entre
todas as espécies e o conjunto do meio ambiente que precisamos nos inserir,
para podermos pensar, discutir e evoluir no conhecimento da parasitologia.
A coabitação das espécies no planeta é por duas leis básicas regem
a vida na natureza: interdependência das espécies e reciclagem permanente de
todos os componentes orgânicos. A independência entre os seres vivos é a
dinâmica e busca dois aspectos, obtenção de alimentos e/ou proteção. Assim ao
longo de bilhões de anos a evolução dos seres vivos a interdependência promoveu
uma interação ou associação dos mais diferentes tipos entre duas ou mais
espécies. Esses tipos de associações não e por acaso, acontecem por razões
fundamentais, oportunidade evolutivas e garantas de permanências da vida.
Muitas dessas associações nem sempre foram pacificas ao longo da
evolução e muitas deram errado, levando a morte uma ou as duas espécies
envolvidas. Entretanto outras foram bem sucedidas promovendo modificações
adaptativas, não só morfológicas, como fisiológicas e reprodutivas.
Para haver associação entre duas espécies deve ocorre um processo
evolutivo. Três condições necessárias
a) pré adaptação;
b) coincidências de fatores
ecológicos, fisiológicos e comportamentais das espécies envolvidas;
c) coacomodação, os parceiros devem
ser bem sucedidos após o inicio da associação.
FORMAS DE ASSOCIAÇÕES
Toda
forma de associação de espécies diferentes é uma simbiose (sim=junto; bio=vida;
osis=condição). Esse termo foi criado em 1879 pelo micologista alemão Anton de
Bary. Assim, dependendo do grau de vínculo metabólico estabelecido entre os
dois organismos, a simbiose pode apresentar formas diversas, tais como:
FARÉSIA:
quando, na associação entre dois organismos de espécies diferentes, uma delas
busca apenas abrigo e/ou transporte, um exemplo bem comum e a Dermatobia hominis que veiculação de ovos por mosca ou
mosquitos.
Mutualismo:
quando os organismos de espécies diferentes que vivem em intima associação,
havendo beneficio mútuo. Exemplo: a associação de protozoários e bactérias no
rúmen de bovinos, pois, enquanto o ruminante fornece uma serie de fatores
alimentares e proteção aos protozoários e bactérias, esses possuem enzimas
capazes de digerir a celulose ingerida pelo bovino.
Comensalismo: é
a associação entre duas espécies, na qual uma obtém vantagens sem promover
prejuízos para a outra (hospedeiro). Exemplo: a Entamoeba coli vivendo no intestino grosso humano.
Parasitismo: é
a associação entre seres vivos, na qual existe unilateralidade de benefícios,
ou seja hospedeiro é espoliado pelo parasito, fornece nutrientes e abrigo para
esse, promovendo danos ao hospedeiro. Exemplo: Entamoeba histolytica no intestino grosso humano.
·
Tipos
de adaptação;
·
Adaptações
morfológicas.
OS ASPECTOS DA ADAPTAÇÃO MOFOLOGICA CONSISTEM
EM:
Degenerações,
perda ou atrofia de órgãos locomotores, aparelho digestivo.
Hipertrofia,
encontradas principalmente nos órgãos de fixação, resistência ou proteção.
Tendo seus representantes os helmintos, que possuem órgãos de fixação como
ventosas, lábios, acúleos, bolsa copuladora.
ADAPTAÇÕES BIOLÓGICAS
·
Capacidade
reprodutiva;
·
Tipos
diversos de reprodução;
·
Capacidade
de resistência à agressão do hospedeiro;
·
Tropismo.
AÇÃO DO PARASITA SOBRE O HOSPEDEIRO
·
Mecânica
·
Espoliativa
·
Traumática
·
Imunogênica
·
Irritativa
·
Inflamatória
·
Enzimática
·
Anóxia
ECOLOGIA
PARASITARIA
Podemos perceber
a importância da interação entre as condições ambientais, sociais e as doenças
parasitaria. O relacionamento das espécies que nos interessam com os outros
seres, com o ambiente e com hospedeiro é que vai determinar, em ultima análise,
a existência dos parasitos e o consequente parasitismo.
Ecossistema
Os ecossistemas
são a consequência dos longos processos de adaptação entre os seres vivos e o meio
sendo dotados de autor regulação e capazes de resistir, dentro de certos
limites, a modificações ambientais e às bruscas variações de densidade das
populações. Para conhecer e entender bem um ecossistema há necessidade de
estudar sua anatomia e sua fisiologia. Determinam-se “abióticos” os componentes
físicos e químicos do ecossistema e “bióticos”
ou “biotas” os componentes vivos. Assim, em todo ecossistema encontramos os
seguintes elementos componentes bióticos:
· Heterotrófico: seres que se utilizam
das substâncias orgânicas produzidas pelos seres autotróficos;
· Decompositores: são seres heterotróficos
capazes de decompor os elementos autotróficos que morreram, transformando-os em
substancias mais simples e reutilizáveis pelos autotróficos;
· Autotróficos: são os seres
capazes de fixar energia luminosa e sintetizar alimentos a partir de elementos inorgânicos.
Exemplo mais comum são as plantas e algumas bactérias.
Hábitat
É o ecossistema, local ou órgão onde
determinada espécie ou população vive.
· Nicho ecológico: é a atividade
dessa espécie ou população dentro do habitat;
· Ecótopo: é o abrigo físico
do animal. Exemplo: triatomíneos (“barbeiro”) que vivem na fresta de casas de
taipa ou bairros.
· Ecótono: é uma região
de transição entre ecossistemas ou biomas estabelecidos;
· Biótopo: é o local
onde as condições para sobreviver de uma ou varias espécies são uniformes e
mantêm-se constantes em diferentes áreas ou regiões;
· Biocenose: é a associação
de vários organismos habitando o mesmo biótopo.
Podemos perceber e explicar por que os
parasitas não se distribuem ao acaso na varias regiões do globo, por existirem
a especificidade parasitaria e por que, mesmo dentro do hospedeiro existem órgãos
de eleição.
TIPOS
DE CICLO BIOLÓGICO
Para sabermos sobre ciclo biológico, devemos
ter em mente o que é hospedeiros definitivos e intermediários, tendo em vista a
variedades de espécies de parasita que fazerem seus ciclos reprodutivos em mais
de uma espécie.
· Hospedeiro definitivo: é aquele que
abriga o parasita em sua forma adulta ou reprodutiva final.
· Hospedeiro intermediário: usualmente é
um molusco ou artrópode no qual se desenvolvem as fases jovens ou assexuadas de
um parasito.
Agora podemos apresentar os dois tipos
básicos de ciclo biológicos, ciclo monoxênico e heteroxênico.
Ciclo
monoxênico:
quando o ciclo biológico acontece em apenas uma espécie, da fase primaria de
infecção a fase adulta de reprodução;
Ciclo
heteroxênico:
quando a participação de hospedeiro intermediário, no qual se desenvolve parte
do clico. Ou seja, a participação de duas espécies diferente com ciclo de desenvolvimento
diferentes. Pode também ser chamado de “ciclo indireto”
E o que é um vetor? Vetor é um artrópodes,
molusco ou outro veículo capaz de transmitir o parasita entre dois hospedeiros.
Os vetores podem ser divididos em:
Vetor
biológico:
quando o parasita se reproduz ou se desenvolve no molusco ou no artrópode.
Vetor
mecânico:
quando o parasito não se reproduz e nem se desenvolve no vetor, pois esse
apenas o transporta. Vetor inanimado ou fômite: quando o
parasito é transportado por objetos, tais como seringa, espéculo, talher corpo.
Ficamos por aqui!
O estudo continua, entraremos nas
regras de nomenclatura e classificação. Homeopatia nas doenças parasitarias.
FONTE: Neves, David Pereira. Parasitologia humana. 13 ed. São Paulo. Editora Atheneu, 2016
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